sábado, 20 de junho de 2009

Os textos que não cheguei a escrever

Acumulo pensamentos soltos para usá-los em escritos esparsos que nunca parecem chegar.


Desde fevereiro em Itapema, na Santa e Bela, onde nos escondemos da calma de Ponta Grossa e do batuque do Rio, imagino posts e reviews a rodo, enquanto ouço música no carro, assisto à tevê, tomo banho ou sonho.


Mas a verdade é que quase tudo fica no ora veja (ou será “hora veje”?).


A saber: as delicias da Santa e Bela Catarina e do Parque do tio Beto Carrero, as palavras deste doce idioma que é a “língua do 'Tho' ('mas)”, as peripécias de Monicat no inesquecível show do Kiss no Rio em abril, a estreia maneiríssima da revista de literatura e ensaios do instituto Moreira Salles (“serrote”), o livro do Richard Yates - opa! creio que pelo menos esta resenha já chegou ao balcão do penhasco. Uma nova bio do Jacobus (para o livro de 100 anos da cidade de Carambeí), o futuro d'A Cadeira no Penhasco, dividida em três páginas no blogspot, transformada em volume de crônicas. Fora os trocadalhos, os trava-línguas, os trocaletras e os poemicídios idiotas, que venho albergando sob a alcunha de “minicontos”. E sem contar as “Folhas de Pedra”, que minha amiga preferida ficou de ilustrar.


Lembro assim de rompante que anseio também comentar o surpreendente misticismo budista do Tibet, explicado pela revista “mais!” da FOLHA uns meses atrás - que os defensores da versão veggie-light-hollywoodiana vigente desta religião, despida de tudo que não for filosofia, não querem que vocẽ conheça. Que preciso falar a respeito dos novos médiuns catolicos – que já admitem, com algum grau de readequação doutrinária, a existência de viagens fora do corpo, estados de quase-morte e visitas ao inferno/purgatório. Convenhamos: é uma história de arrepiar. Por fim, não dá para esquecer da turnê do Rei “em minha homenagem”: Obrigado, RC - explico tudo depois.


“Graças-a-Deus” que ainda me lêem, alguns piedosos dentre vocês.


Do jeito que tenho freqëntado pouco a web, com um texto fazendo lista de assuntos como este, daqui a pouco vocês vão achar que eu emulo o Morrissey em um mau momento de sua carreira, no qual só se salvavam os títulos das músicas, hehe. Ou um autor perdido da biblioteca do Sandman, aquela cuidada pelo amigo Lucien, que só tem volumes não-escritos.


Então vamos lá, mãos à obra. Prometo-os todos, em uma sequência qualquer.


Ajude-me com sua crítica mordaz.


Sabe porquê? Porque eu devia me bastar,entende?


Escrever? Só para si próprio.


Mas não, eu quero mostrar, quero que você (É. Você mesmo. VOCÊ!) leia. Espero, anseio, tenho saudades daquelas fitas-banana horrorosas, que duravam semanas, mescladas de cutucadas, alfinetes e muita troca de ideias.


Então não vale só elogiar. Blog não é literatura (não é o que dizem?), é ensaio (no sentido de rehearsal, not essay).


Ajude a desancar este aprendiz. Quem sabe um dia ele aprende.



Tags: escritos esparsos, great posts, autores, thomas, sandman, blog, gaiman, artigos, cadeira, biografia

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