segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quando eu levanto a minha voz,

Quando eu levanto a minha voz,

perco.

Quando eu levanto a minha voz,

ainda que cheio de raz�o,

perco.

E o que fica � o estrondo

os decib�is que explodem

acima de nossas cabe�as.

Quando eu levanto a minha voz,

perco

- exce��o feita a aquele momento em que

do meio da multid�o, ela se eleva.

Mas mesmo ent�o,

perco,

se n�o consigo dizer nada,

n�o,

se ningu�m ouve nada,

ou se eu falo sem raz�o.

(por isso tudo tenho andado calado, a me perguntar onde est� a minha voz, o destempero e a empolga��o; penso, repenso e calo, fundo, silente, inerte, em v�o)

At� mesmo este poema

- torto, tamb�m pudera,

vindo da boca de quem vem -

poderia ser n�o.

(leio no jornal not�cias sobre o coletivo Wu Ming e a� � que me pergunto, de vez, quem foi que me deu permiss�o, a quem interessar possa, por que que a gente � assim, e fala tanto - com ou sem raz�o)

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