sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Blog EntryKaverna KustomJan 23, '09 3:49 PM
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O Kaverna é um kra muito foda, meu amigo tipo brother msm desde q nós tínhamos... uns vinte anos a menos, vá lá...


Adriano pq o pai e a mãe assim o quiseram, já nem lembra mais do nome – todos o chamam de KAVERNA desde os tempos do motocross, quando a lama no cabelo comprido o deixava o próprio. Kustom porque não há como descrever as capacidades infinitas do amigo – piloto, ex-modelo, ex-chacareiro (trocou um buggy por um sítio aos 17 anos), mecânico, produtor de arte (Cafundó e Garibaldi), conhecedor e criador de cães, versado em vários tipos de pintura (faz um flame como ninguém), customizador de carros e motos, projetista de veículos em miniatura (jipinhos, quadriciclos, minimotos), especialista em fibra, professor de motocross (e construtor de pistas!), churrasqueiro de mão cheia, mestre pimenteiro, etc, etc (e muitos outros etceteras). Difícil lembrar de tudo que ele faz, difícil encontrar alguma coisa que o kra não saiba fazer.


(Se você inventar de perguntar para o Kave como é que se tira cachaça de pedra é capaz dele nunca ter feito, mas saber – no mínimo – onde e quando começar)


Faltava o site, o endereço virtual onde seu trabalho apenas começa a aparecer na mídia, mas que já está bombando e se revertendo em novas ideias e encomendas. Passeie por lá e depois me conte o que acha – eu recomendo os novíssimos copos de chopp no estilo Skol Beats: é show!




Alguns dias nos premiam com uma coleção de informações tão estapafúrdias que deveriam entrar para a História (obviamente pelo ralo):

1. Barack Obama – em seu segundo pronunciamento como Presidente dos EUA - dizendo que é inadmissível a continuidade dos bombardeios promovidos pelo Hamas contra Israel (mas não fala nada sobre os crimes de guerra cometidos por Israel na Faixa de Gaza, muito pelo contrário, ratifica a mesma política pró-sionista abjeta que sempre pautou a política externa americana);

2. Bonner e Bernardes (o casal telejornal) acabam de pronunciar o segundo absurdo, no JN da Globo: “Hoje o exército de Israel disparou tiros de advertência contra pescadores palestinos, para impedi-los de se afastar do litoral da Faixa de Gaza. CINCO PESSOAS FICARAM FERIDAS. Tiros de “advertência”? Com feridos?

Poderia citar mais algumas informações que coletei ao longo deste dia comum, mas creio que isso basta. Basta para mostrar que o mundo está tão insensível quanto à questão humanitária quanto nos momentos que antecederam a Segunda Grande Guerra. Quem duvida que assista “A Vida É Bela”.


Que todos os noivos sejam esclarecidos quanto a necessidade de acordo pré-nupcial para salvaguardar o direito de eventuais pais conviverem com seus filhos após o divórcio.

(porque a justiça brasileira sabe mandar prender os pais inadimplentes, mas não sabe o que fazer de pais que amam e querem seus filhos consigo)

Blog EntryCampanha 7 - Pelas crianças anencéfalasJan 8, '09 1:40 AM
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Que o Supremo postergue qualquer decisão a respeito da possibilidade de ser legalizada a prática do aborto em casos de anencefalia até que a Ciência se pronuncie de maneira clara e inequívoca. Há vários graus de malformação cerebral, que variam desde a anencefalia verdadeira (ausência total de sistema nervoso central, que é rara e leva ao abortamento espontâneo do feto na maioria absoluta dos casos), passando por aqueles que possuem apenas funções de tronco, como respiração e frequência cardíaca (hidranencefalia), até a ausência apenas de porções encefálicas superiores (hidrocefalia).

Ou então que se vote pela liberação de todo tipo de aborto no Brasil. É menos hipócrita. Assim como está sendo defendido pela OAB e pelo CFM, o projeto de lei abre espaço para a eugenia, se antecipa à própria Ciência e se exime de discutir a fundo todas as implicações morais, éticas, filosóficas e religiosas que permeiam a questão.

Blog EntryCampanha 6 - Pelo sossego dos mais velhosJan 8, '09 1:35 AM
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Que possamos ser bons filhos e bons pais, amigos para os velhos e os moços, abrigo aos amados, retiro aos aflitos, aos pobres amparo.

Blog EntryCampanha 5 - Pelo sossego dos mais novosJan 8, '09 1:35 AM
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Que nosso espírito possa se aquietar, para bem conduzir sempre nossos caminhos de pai.

Blog EntryCampanha 4 - Proteja o saco alheioJan 8, '09 1:31 AM
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Nunca, nunca, jamais bata no saco de alguém.

Blog EntryCampanha 3 - A Lei de MurphyJan 8, '09 1:29 AM
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Por que será que nos tornamos repetidamente cegos às mesmas coisas, como se escolhêssemos o que não ver, a estupidez que não se percebe obtusa, a treva, o caos.

Blog EntryCampanha 2 - O paradoxo da xícaraJan 8, '09 1:25 AM
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Por um mundo onde as pessoas saibam respeitar a distância de uma xícara.

Experimente: mão na cintura, cotovelo aberto a 270 graus: uma asa de xícara de distância.

(thanks Cassy)

Momentaneamente sem desktop, agradeceria se alguém me ensinasse a usar o ponto de interrogação no meu eeePC...

Blog EntryA questão árabe IIJan 6, '09 12:22 PM
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Anoiteço e amanheço chocado com novas e insistentes notícias e imagens da guerra na Faixa de Gaza, mas em vez de deitar latim à toa, encaminho os amigos a um link que já tem mais de dois anos, escrito sob o impacto da última investida sionista no Líbano e publicado, na época, no jornal O Estado do Paraná.

Infelizmente nada mudou.

Link



Blog Entry(Quase) Um texto de NatalDec 18, '08 8:10 PM
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Passei um ano "daqueles", inesquecível, se é que você me entende - cheio de drama e comédia, romance e frustração, alegria e orgulho, perdas e ganhos, viagens, mudanças no trabalho, emoções variadas, medo e coragem, decepção e descoberta.

Cheio de vida, diria você ou qualquer um - como afinal todos os anos são.

Aí chega o Natal e, para quem escreve, a (quase) obrigação de colocar algumas palavras na moldura do Writer - eu que neste ano descobri as alegrias do OpenOffice (quase) ao mesmo tempo em que o último da Micro-rough me causava enjôo e repugnância. Mas poucos minutos me bastam - por dia! - para saber que pouco ou nada tenho a dizer.

Penso no perrengue que passei no começo do ano - o tal abdome agudo que (quase) me custou a vida, os (quase) três dias na UTI, a lenta recuperação, a descoberta da trombofilia, os quilos de remédios diários desde então, minha incapacidade de emagrecer, minha luta por uma vida que talvez nunca mais volte a ser "normal" - e me sinto bem mais abençoado que sobrevivente. Queria muito ser daquele tipo que usa o "graças a Deus!" como vírgula, pois tenho consciência do muito que tenho a agradecer. Mas não tenho palavras.

Penso na reviravolta profissional que o reencontro com o velho amigo Ganso me trouxe: a abertura da primeira UTI Pediátrica na minha cidade natal, a luta diária por mantê-la e melhorá-la, a formação da equipe sensacional com que contamos hoje, o reencontro de minha própria auto-estima proifissional, perdida com os desenganos do retorno a Ponta Grossa. E agradeço, mudo, sem saber se alguém é capaz de ouvir.

Penso em toda a alegria que me foi proporcionada por meus filhos, e nem sei se sou digno de tanto, de tanta "graça". Um ano inteiro de Thomas, e que maravilha ver um serzinho tão amado e esperado crescendo em tamanho e sabedoria, ensinando-nos (quase) mais que aprendendo, sem sombra de dúvida dando-nos mais que tudo o que pudermos lhe oferecer. Lucas e Pedro José: dois verdadeiros rapazes, lindos, inteligentes e bem sucedidos (passar por média no Santo Agostinho do Rio não é mole, não?), próximos, próximos de mim como há muito tempo não (mais ainda quase nada para um velho coração de pai), nos belos dias que passei com eles em novembro. E mais uma vez me calo, diante do mistério e do inenarrável, agradecendo a Deus em meu íntimo por cada minuto que Ele me concede ao lado dos três.

Penso na Mônica, em sua múltipla existência de esposa-mãe-amante-e-amada, amiga, presente em todos os momentos com sua imensa capacidade combativa, cuidando do Thomas sem nunca se cansar, cuidando dos filhos dos outros no Hospital da Criança sem nunca esmorecer, cuidando de mim com pragmatismo, força e objetividade; e penso em tudo o que não é dito em uma relação, as inúmeras, milhares, (quase) milhões de vezes em que pensei e deixei de dizer o quanto eu a amo, admiro, aprecio e quero.


Penso no quanto ganhou o meninozinho com a proximidade da Mó.


Penso na minha família de origem, no quanto somos, ou deveríamos ser, gratos. Noves fora o "bichado" aqui, todo mundo bem, tocando suas vidinhas sem grandes sobressaltos, tranquilos. Ah! E meu sobrinho JP! E os oitenta anos da minha avó, a Keka, comemorados outro dia com grande emoção. E meu coração diz: obrigado senhor sem ver o Senhor, encafifado com a noite escura da alma.

Penso até no Brasil e no mundo, nas tragédias próximas e menos próximas, todas passando ao largo de nós e daqueles que amamos, e agradeço silente.

Mas queria gritar, ter mais para dizer, espremer esta inútil substância cinzenta e extrair dela mais que o sumo, extrair dela um texto, um textinho que fosse. Digno de mim, digno da pequena obra que escrevo - que só o tempo poderá julgar inútil, não serei eu a enterrá-la! - digno ao menos da língua pátria e do amor e gratidão que (quase) consigo confessar, em silêncio, a Deus. Digno ainda, de tudo que vivemos neste ano tão surreal, que está para acabar e não voltar, nunca, mais.

Desisto. Quem sabe no ano que vem eu comece a escrever em janeiro... até o Natal, talvez...

Enquanto isso, parabéns aos sobreviventes, boa sorte a todos, Feliz Natal para os que crêem e para os que não crêem também, e um novo ano que valha a pena ser vivido, minuto a minuto, melhor ainda que este que passou.


Blog EntryA cabana onde Deus espera para o fim de semanaDec 12, '08 12:07 AM
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Para muitos Deus é – por definição – a “força” que move o mundo, presente em todas as coisas e seres, criados por Ele e formados de Sua mesma essência. Para outros Deus é “alguém”, um ser, pessoal, indivíduo, cujo trabalho não se completou com a Criação e, portanto, um Deus que se importa e intervém.

Obviamente nossa incapacidade de por em palavras o intangível dificulta a própria apreciação intelectual e filosófica destas duas vertentes do entendimento teológico, que se não são as únicas, dividem bem a miríade de hipóteses nascidas na alma de não sei quantos bilhões de almas viventes. Sim, pois “cada cabeça, uma sentença”, diria a sabedoria popular, ao mesmo tempo em que a metáfora de Agostinho nos convence da impossibilidade de contermos, em nossas frágeis mentes, a imensidade do universo.

Para aqueles que crêem em um Deus pessoal, que se importa conosco (“nem um só fio de cabelo cairá de sua cabeça sem o meu consentimento”) e intervém (“eis que estarei convosco então até o fim dos dias”), “A Cabana” é o livro certo. Didático sem ser pretensioso, bem escrito, o livro de William P. Young troca em miúdos velhos paradigmas (a Santíssima Trindade, a humanidade de Jesus, o papel do Espírito Santo, por exemplo), questiona eternos dilemas (como ser cristão no mundo “de hoje”, como amar aos próximos, como sermos bons filhos, esposos e pais) ao mesmo tempo em que nos coloca diante das questões maiores da vida e da fé (de onde viemos, por que fomos criados, qual o nosso papel no universo). Tudo isso em linguagem coloquial e fluente, ao melhor estilo “best-seller”; enfim, americano, profissional.

Partindo-se desta visão, é difícil “criticar” o livro que tantos estão amando neste já quase findo ano de 2008. É como falar das mensagens de Nossa Senhora em Medjugorje: ainda que você não acredite em sua origem ou procedência, a catequese está toda lá, sem tirar nem por. São opiniões quase “canônicas”, que pouco ou nada se desviam da corrente principal do Catolicismo – afinal, qual é o cristão que seria contra o trinômio jejum-oração-confissão?

Da mesma forma encaro a cabana - onde Deus espera Mack para o final de semana: uma cartilha para quem tem dificuldades de entender esta filosofia, chamada (erroneamente, segundo o livro) de Cristianismo. Como Tolkien e Lewis, no entanto, Young é capaz de propor vários níveis de leitura, tornando o livro agradável (e inteligente!) até para aqueles (algo) mais versados em teologia.

Se era esta a intenção do autor, não o sabemos. Da leitura depreende-se uma vontade de se atingir não só os que estão afastados de Deus, mas também os que ainda não O conhecem. E é ao encarar de frente este desafio que o livro se reveste de um sentido evangelizador - na melhor acepção da palavra.

Impossível terminar a leitura sem se sentir mais próximo - e íntimo – de Deus Pai, de Seu Filho e até daquela abstração chamada Espírito Santo.


Blog EntryMuricícolasDec 2, '08 3:57 PM
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Posso estar muito enganado, mas acho que o Muricy leva o troféu pela terceira vez, o São Paulo pela sexta, e se enterram vez desagravos flamenguistas ou saudosistas ecoando os nomes de Telê ou Minelli.Em comum entre os três, não fora pleonasmo, a dedicação ao trabalho, a inteligência tática e a capacidade de valorização do atleta, culminando com a formação de grupos coesos e resistentes.Em comum na magnífica série de três campeonatos do Sampa a persistência do capitão Muricy ao longo de um campeonato longo, muito longo e chato e cansativo.Mas agora é assim: ou o Grêmio tira a sorte grande, mas aí também é coisa do “Sobrenatural de Almeida”, time nenhum – nem o São Paulo – poderia enfrentar tamanha uruca. Mas, como dizem, futebol é uma caixinha de surpresas...

Pedro José sorri e comenta, mais uma vez, que eu estava de boné porque quando saí de casa estava "chovendinho", como se diz aqui no Sul - que não é mais maravilha.

Meu coração se constrange diante da enormidade e inevitabilidade da tragédia, contorce em dor maior ao ouvir falar daquelas terrinhas todas de onde conheci gente muito boa, de Gaspar, de Timbó, de Itajaí e de Blumenau.

Mas na hora em que Pedrinho fez o comentário, no dia de nosso reeencontro no Rio de Janeiro, a tragédia ainda não havia acontecido. Nada a ver uma coisa com a outra, exceto a viagem do tempo, marcada neste corpo gasto que já andou por lé e por cá.

Viagem já evidente na carinha dos meninos, meus queridos Lucas e Pedro José: em 2006 eles eram meninos, agora já são rapazinhos. Lucas já tem dez anos, Pedro oito, Thomas dois. Como passa o tempo, inexorável, dominador, absoluto: predicados que não definem, bajulam. Por isso é racional amara as coisas "como se não houvesse amanhã", porque "na verdade não há".

Mas sempre há, na volta ao convívio com os colegas oncologistas depois de dois anos e blaus de exílio pontagrossense, na troca de informações e fofocas, nos movimentos políticos estratégicos. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica pode se orgulhar de ter realizado em Gramado um congresso charmoso, conciso e coeso, diferente de tudo que estávamos acostumados a ver em ocasiões anteriores. Em vez de coquetel de abertura, um show - excelente, por sinal, e engraçadíssimo - com as meninas da Radio Esmeralda AM. Em vez do tradicional banquete, outro show: na verdade um "pocket-show" da banda gaúcha Nenhum de Nós, na boate VOX, precedido de coquetel. Enfim, um congresso que comece com um verdadeiro show de calouros pode até ser igualado, mas não ultrapassado em ineditismo e ousadia.

Já a Dra. Mônica Lankszner brilhou na ocasião ao conquistar o Título de Especialista em Oncologia Pediátrica das Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica e Cancerologia. O Título é mais uma chancela ao seu excelente trabalho na área e sua dedicação mais que amorosa aos pequenos pacientes que trata. Impedida de atender às crianças do SUS pelo descontinuidade do credenciamento do complexo ISPON - Santa Casa na área, a Dra. Mônica tem dedicado suas tardes ao atendimento pédiátrico generalista no Pronto Atendimento do Hospital da Criança, preparando - para breve -a abertura de seu Serviço de Hematologia Pediátrica. Nas manhãs, continua atendendendo seus pacientes particulares e de convênios. Esperamos que no ano em que o Brasil sedia o congresso mundial de Oncologia Pediátrica (SIOP 2009) a comunidade e as lideranças se aliem a nós na luta pelo tratamento destas crianças próximo aos seus domicílios.

No tal show, lá do congresso médico, brilhou o carisma e a simpatia de Theddy Corrêa, vocalista da banda Nenhum de Nós, parceiro antigo das iniciativas contra o câncer pediátrico, que sábia, também discorreu "sobre o tempo" ao relembrar velhos e novos hits. Predileção por "Paz e Amor", um roquinho meio "Eduardo e Mõnica" que aghrada sem empolgar, mas ao vivo funciona bem.

No verão que se aproxima, sonhamos com dias quentes para aproveitar a piscininha, Thomas e eu. Pena que nossas gargantas sofram com o gelado das águas, e nossas peles também, branquelos castigados de sol. Mônica já gosta: torra sem dó e com fator quinze, sem medo de ser feliz.

Fantástica a edição de número 39 das Aventuras Disney da Abril, comemorando os 60 anos do Gladstone Gander, o nosso Gastão, primo do Donald, so-called "o pato mais sortudo do mundo". Ganha um trevo de quatro folhas psíquico quem chegar primeiro na banca em busca do saco de risadas contido em seis histórias exemplares.

Comi bem no Rio Grande, mas nada se compara à copstelinha de cordeiro que eu mesmo marinei e assei outro dia aqui em casa. Ou a fritada de frutos do mar no disco de arado, - um achado, feito á mão pelo Adriano Kaverna.

Excelente descoberta o álbum "Cover Me", de Nena (Nena Kerner, 2007) , recheado de - como o nome sugere - covers de bandas alemãs (CD 1) e anglófonas (CD 2). É algo assim como aquilo que os Killers tenta fazer soar quando enverad pelos eighties, só que no original.

Depois de andar por Gramado e Rio, (re)vendo costumes e modas e manias de cada lugar, revendo pessoas, conversando com elas, sentindo saudades, - voltar para casa, tornar a trabalhar na espera de mais um descanso com os meus, indo pra cozinha, pra churrasqueira ou pra grama, atacar a vida com ganas e dentes. Descansar na rede, "dormir no teu colo é tornar a nascer", etc e tal.

Ah! E adoramos o Mini-Mundo, o Lago Negro e o museu do acidente de trem, na estrada quase em Canela. Da rpóxima vez levaremos o Thomas também.

E adoramos mais ainda a adorável Keka, a minha avózinha Aryclé, que comemorou seus oitenta anos em seu aprazível sítio de Campina Grande do Sul, ao lado do sr. Francisco, o nosso Chiquinho, e nós netos e bisnetos. À Keka toda nossa alegria e emoção.


Blog EntryNélsicas II, melhor dizendo, SocráticasOct 29, '08 12:50 AM
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Nélsicas II, melhor dizendo, Socráticas Primorosa a seleção dos boleiros nascidos em Outubro, escolhida pelo Kfuri. Com Falcão no meio de campo, Pelé, Garrincha e Maradona no ataque, sobram poucas vagas até numa hipotética seleção dos melhores de todos os tempos. A gente só não perdoa o Dunga na lateral. * * * Falando no Pibe, bela encrenca essa em que ele se meteu, não? Treinador da Argentina? Tem fibra, el gordo. Mas é uma encrenca. * * * O Mano que me desculpe, mas se é para gastar pouco vê se gasta bem, falou? * * * To vendendo minhas fotos com o Biro-Biro no Germano Krüger em 1979 – autografadas (por mim mesmo, é óbvio). Com toda essa onda da Coca-Cola em cima do craque, será que minha fotinho de criança não vale uns trocados? * * * A má fase dos craques brasileiros ante o futebol mundial põe em xeque até o conceito de “craque”. Quantas estações dura um “cavalo” moderno? Ronaldo Fenômeno é “fraco” para uns idiotas por aí, mas veja quantas temporadas ele jogou (e ganhou). Quem depois dele? Cristiano Ronaldo? Faz gols de oportunismo ímpar, mas carece de alguns fundamentos básicos do soccer, como o toque de bola. Aquela patada levinha e leviana do Rivelino, a esperteza dentro da área de Romário e Tostão, o domínio total do instrumento corpo em Pelé, a passada de Zico, Falcão e Cerezo, a elegância de Careca, a muralha socrática e o príncipe do parque, Raí. Aquela pose desumana do Rivaldo dando petelequinhos seguidos na bola, empurrando-a com carinho em direção ao adversário, à grande área, ao fundo da rede. E o Dunga para roubar todas as bolas e colocá-las nos pés de uma maestro, aquele que ainda não veio mas virá, dia desses qualquer, habitar estas listas e suas maravilhosas lembranças. * * * Enquanto isso, o Fantasma. Que perdeu sem perder (exceto no final): só deixou de ganhar. E perdendo dois pontinhos hoje, dois amanhã, empatando com a mediocridade aqui e acolá, chegou na estica às finais, optando pelo fiasco do tapetão em vez de cair em pé. Agora o tapetão se estende ao infinito e é bem provável que o Operário ferroviário Esporte Clube esteja fora das competições oficiais em 2009. * * * Interessantíssima a cobertura feita pelo Estadão sobre a diferença de cotas entre os times que compõe o Clube dos Treze, um passeio a volta por cima do Coringão na série B. No balanço de perdas e ganhos, Grêmio e São Paulo perseguem uma hegemonia dificílima de se atingir no atual formato de mercado com muita precisão. * * * Campeonato que tem o Flamengo no G4 – à parte uma campanha irregular – é outra história. * * * Campeonato em que um Flu maleixo das gambita goleia o Verdão dá gosto assistir. * * * Campeonato em que o Timão chega na frente – viu, desculpa aí, gentem?

Blog EntryMeu filho, o ThomasOct 17, '08 2:38 AM
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Meu filho é bom. Meu filho mais novo, o Thomas.

Bom por natureza, bom de gênio, bom de papo - apesar do quase nada que fala.

Não que os outros não o fossem, é evidente que o eram também, o Lucas e o Pedro José. Talvez apenas agora eu esteja mais ciente, e enxergue melhor.

Bom de beijo e abraço, de gritar "papa" ou "mama" pela casa com aquele tom irado que, vez por outra, lhe é característico, como se fosse possível exprimir o quanto ele está feliz porque o papa chegou ou a mama já embica com o carro na garagem. Não me deixa sair de casa sem jogar os bracinhos em torno do meu pescoço, e o bico para um selinho.

Um querido que dorme na caminha ao lado (vez por outra na nossa), acorda e vem para o "cantinho" da cabeceira tomar seu desjejum enquanto assiste ao Discovery Kids. No mais das vezes o mesmo lugarzinho onde espalha suas coisas de permeio a nós grandes, assistindo ao Thomas no início da madrugada. Ou onde adormece nos peitos da mãe.


Bom de garfo, o holandezinho: enche o prato na churrascaria, e se lhe agrada o que o garçom traz no espeto, pede "hum, hum" até que lhe cortem um pedacinho. E bom de copo, alternando sucos com soja (os "sucos do Papa") com leite rosa da Lola e "Tsuuu!", que é como ele pede para espremer várias laranjas limas que le mesmo pega debaixo do filtro, na cozinha.

Bom de letras e números, o famoso Zé Bilim. Já conhece o "S" de Snow, o "P" de papa, o "M" de mama, o "V" de vovó e tantas outras letrinahas mais, mas ainda sofre, curioso, com a noção de uqe várias palavras se iniciam com o mesmo caracter. Com os números é mais tímido, mas aprende rápido com a lógica dos veteranos.

Bom de quarto e de quintal, de água e de pó, de areia e massinha, de banheirinha e de mangueira, de Charlie & Lola e Backyardigans e Caillou.

As unhas são exclusividade do papa, o maior xodó, pela mamãe; o brinquedo mais amado são as pistas do "Pú-vú" (Thomas, o trenzinho), trazidas da Europa pelo dindo Gordo. Quem cuida dele? "Blá" e "Pi", codinomes da babá Marlene e sua irmã, a Rita. E tem cachorras? Tem: a Doggy, a Snow e a Goldie - de quem ele ainda teme um pouco o desajeito e o tamanho (também pudera, um labrador!).

E tem a vó morando aqui pertinho, agora, a "Mó" da mamãe, onde ele gosta de ir passear quase toda tarde. E a vovó da chácara, o vovô de Curitiba e os priminhos peidorreiros (brincadeira, eles são lindos!).

As mexericas já rareiam, a pintura já acabou, as chuvas ainda não se foram, mas daqui a pouco volta o verão.

Antes disso tem a festa, a festa de hoje, a festança de amanhã, a festa da mama que se dedicou imensamente nesses últimos dois meses para que tudo desse certo e fosse lindo, como - com a bênção de Deus - irá acontecer.

Porque você merece, menino maaais bonzinho. Meu coração fica apertadinho de emoção, meus olhos se enxaguam, meu corpo sofre um arrepio e a alma transborda de gratidão por um filho tão lindo e amado, esperado, curtido e apreciado por tudo que é.

Por ti, Thomas, invoco a cada dia a misericórdia e o amor divinos, para que o envolvam como sei que a bondade divina também o faz com Lucas e Pedro José. Celebro em ti ainda, Thomas, a alegria e a liberdade do espírito humano, que renasce em cada homem e permanece, imorredoura, na grandeza da criança que um dia todos fomos.

Beijo do pai que te ama mais que tudo.

E beijo para a mulher que me deu você. Eu a amo muitíssimo também.



O momento síntese da quarta temporada de “House MD” é aquele em que o Dr. Kutner relembra que o conceito popularizado como “a curva de Gauss” permite admitir como normal uma infinidade de observações, e define como distribuição anormal (“fora-da-curva”) os valores aquém e além de um determinado ponto em relação à média. Mais ou menos dois desvios-padrão é, então, somente uma abstração arbitrária em um universo de possibilidades matemáticas. E se isto poderia definir como “doente” o tal “Mr. Nice Guy” – um paciente cujo principal sintoma é a aceitação resignada de qualquer evento da vida, bom ou mal, de forma absurdamente gentil – poderia também definir House como tal por seu temperamento diametralmente oposto. Longe de julgá-lo, o discípulo age na total certeza de que irá curá-lo de sua rabugice, sem entender que fora vítima de mais um estratagema do Dr. Gregory House - o Pedro Bial do inferno. Verdadeiro “Big Brother” cínico, a temporada brinca com o formato “reality-show” adotado em seus primeiros episódios (escritos antes da greve dos roteiristas), com clichês das séries de televisão (com direito a uso de metalinguagem), metáforas sherlockianase toda sorte de citações pop. Mas a série brinca principalmente com as emoções de todas as personagens. Foreman primeiro, mas na seqüência também Chase, Cameron e o próprio Wilson bailam em torno da figura de House como se incapazes de não se renderem a seu fascínio, com conseqüências que variam entre a aceitação do inevitável (Foreman e Chase), a curiosidade sexual (Cameron) e a busca pela individualidade (Wilson). Desta forma redesenham suas dimensões trágicas e – ao lado da “nova geração” – injetam novas nuances à dinâmica da história. Os “novos” são “mais do mesmo”; nem por isso insignificante em seus contextos e atribuições. Como a Dra. Allisson Cameron bem sacou em um dos últimos episódios, a Dra. Remy Hadley (chamada de “Treze” por House - seu número na primeira eliminatória) é colírio para os olhos do chefe: cargo que um dia foi seu. “Peça... e eu mando a ‘Treze’ embora agora”, diz H. com sua imensa cara de pau, mais preocupado em expor as fragilidades de ambas as moças para seu próprio deleite. Lawrence Kutner é o sucessor improvável, se controlar a insegurança e a língua, mas – como Foreman – é humilhado on a daily basis justamente por isto. Chris Taub, o cirurgião plástico, é a voz da razão e o advogado do diabo em quase todas as ocasiões difíceis. Lembra-me muito um colega meu, altamente cético e desconfiado: nunca vi um médico duvidar tão bem de si mesmo, de tudo e de todos. Por isso mesmo era alguém – como Taub - im-pres-cin-dí-vel na prática clínica diária. Todos são, contudo e em suas essência, apenas massa de manobra com a qual o chefe pode exercitar seus maquiavélicos movimentos de guerra psicológica. Lisa Cuddy, a diretora – cada vez mais bonita e fa-tal, com direito a striptease e tudo! – é a única que percebe a essência da dominação de House, ao admitir que o “deixa solto a ano todo, fingindo não ver o que ele faz; só lhe pede para se comportar durante a visita do auditor” ou perceber que caiu direitinho no “conto das escolhas de equipe” (que só visava a permanência de Treze) É a única a mostrar-se à altura intelectual das maquinações do cara - talvez por isso mesmo esteja elevada à condição de bola da vez já na quinta temporada, onde ela e o Greg devem – finalmente – matar a tesão reprimida por tantos e tantos episódios. Já Amber - a preterida, Amber - a namoradinha do Wilson, Amber - a cadela (em tradução livre para “the bitch”): foi a surpresa da estação. Primeiro pela chatice - magistralmente interpretada e clichê das jovens executivas americanas modernas – depois pela lenta transformação em antagonista sedutora. E finalmente por seu desfecho, totalmente inesperado, porém bastante crível e bem urdido. A morte muda tudo, diria House na premiere da quinta temporada – mas quase morrer não significa nada, expressando toda sua perplexidade ao encontrar um adversário à altura. Cuddy? Não, ela joga no mesmo time. Amber? Não! – e olha que ela tentou com bastante força. A vida. Esta sim, uma cadela, esta sim, desconcertante, esta sim incrivelmente sem sentido ou razão, por isso mesmo imune aos esforços do próprio Gregory House em se debater. Sempre em busca de resposta aos conflitos do homem contemporâneo, “House MD” firma-se como um oásis de inteligência na tevê, um instant classic em construção, obra aberta também às nossas interpretações, que se estendem ao terminar o show, como velhos casos clínicos aos quais sempre se volta em busca de alguma iluminação.

Blog EntryFrase da HoraSep 23, '08 7:49 PM
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Era para postar nos "Recipes", mas a frase era tão boa que resolvi blogá-la.
Lá vai:

"There is nothing like a blog to help you realize you have nothing new to say."


Em português (tradução livre e mal-feita):

"Nada como um blog para ajudá-lo a entender que você não tem nada de novo a dizer."

Para ler mais (é a fonte da frase):

Cinco razões para não escrever um livro

(citado pelo amigo Ricardo)


Absolutamente surpreendente o show dos Scorpions – a decana banda alemã de hard rock – ontem, no Centro de Eventos da cidade de Ponta Grossa, Paraná, antepenúltima etapa da seção brasileira da “Humanity World Tour”. Surpreendente em primeiro lugar pela organização do evento, que soube escolher um espaço já acostumado a grandes shows nacionais nesses quase vinte anos de existência (Ivete Sangalo, Claudia Leite e outros), mas que ainda não havia tido a oportunidade de sediar um espetáculo internacional desta magnitude. Segundo pela eficiência desta organização, que com com policiamento discreto e eficaz orientou os freqüentadores até a chegada no estacionamento amplo e bem cuidado de maneira rápida e ordeira. E em terceiro lugar surpreendente pela vitalidade de uma banda que está em sua quarta década de atividades ininterruptas com qualidade sempre crescente.E que tour esta! - cobrindo tantos pontinhos quanto se pode ver no pequeno mapa no site oficial. Mais uma vê, mostra de fôlego de Herr Meine e companhia, que encaram capitais e cidades de porte médio tocando para platéias que variam entre dez e cinqüenta mil pessoas. Com profissionalismo germânico e a dedicação dos fãs – inclusive os de nova geração, que saíram de lá dizendo ter assistido ao “melhor show de sua vida” e que “’Still Loving You’ é a ‘Stairway to Heaven’ dos anos oitenta“ – a banda vem colhendo frutos de uma tradição roqueira exemplar: a transmissão de gostos de pai para filho, haja vista a profusão de cabeças cinzas espalhadas pelas platéias, ao lado da piazada. Ainda assim foram recebidos com a proverbial passividade paranaense, em um início morno na platéia e quente no palco. James Kottak, o baterista, finge se irritar e conclama a platéia a levantar os braços, soca o instrumento, dá uma porrada com a baqueta na caixa que a faz voar a uns três metros de altura, pegando-a de volta. Bebe cerveja e cospe tudo para cima quando retorna ao banquinho, sem dar tempo para os ouvidos. Cadê os metaleiros? Cadê a mulecada pogando? Ponta Grossa não merece esse show, grita alguém. “Still loving you”, fala um maldito. E os caras lá, na maior simpatia, fazendo o beabá com acorde de quinta, a voz de Klaus perfeita por sobre a muralha de som puro metal: duas, três guitarras, ritmos quebrados. Rock de arena? Certamente. Populista? Popular? Certo mais uma vez. Clássico.No set acústico, surpresas: backing vocals brasileiras ? - pelos nomes... percussão e guitarra locais. Nesta última, ninguém menos que Andréas Kisser, do Sepultura. No setlist, algumas das baladas mais matadoras do chamado lovy metal, epônimo malcriado que reúne as mais variadas manifestações do amor (ou da preguiça) metaleiros. Era o que faltava para captar a atenção da platéia heterogênea, mais acostumada a estridentes dores de corno da música breganeja. Platéia que foi definitivamente cooptada ao término do louco show de bateria do maluco James Kottak, preparando a reentrada triunfal onde não faltaram hits – inclusive a famigerada “Still Loving You” e apelos para salvar “The Rain Forest”, ao vivo e no telão. Noves fora as imagens de ativistas do Greenpeace em protestos ao redor do globo contra empresas quem processam insumos agrícolas, carro-chefe da economia da cidade que sedia a exposição-feira agropecuária que contratou o show. Saíram com a platéia no bolso, obedecidos em todos os rituais, cantando junto – pelo menos nos refrões – e instados sempre a tocar mais uma. “One more?”, pergunta Klaus, orquestrando uma jam meio bagunçada no (verdadeiro) final.Um tesão! – quer expressão mais anos oitenta? Arrepiei ao ouvir a voz limpa e clara do cara não ter sofrido um arranhão nesses anos todos de estrada, cantando sucessos que estiveram, também, entre as primeiras coisas que toquei ao violão. É, aquela mesma, a famigerada (porque taaanto tocou que até enjoou) - "Still Loving You", “Rock You Like a Hurricane” e “Big City Nights”. Reunidos eu e os Beraldos no “Cocktail Molotov” (quase homônimos de uma famosa banda pré-punk paulista sem o saber) tocamos a primeira até numa final do projeto Canta SEPAM - promovido pela escola do mesmo nome, no antigo Teatro Pax. Senti-me vingado. Lá por 84, insistíamos em tocar rock pesado quando a maioria das bandinhas de Ponta Grossa só tocavam covers de roquinhos nacionais, éramos tidos como malucos. Hoje o metal é, cada vez mais, business, onde bons produtos como a – competentíssima – banda alemã Scorpions, fazem diferença e lucro. P.S. A cultura paranense deve existir além dos limites da Pedreira, do Guairão e do Positivo. P.S. II Em breve, quase-fotos.

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